quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu e a outra pessoa que vive comigo

E porquê?
Porquê não ter quase duas identidades? Porquê não poder viver de duas formas se é essa a única forma de me sentir eu de vez em quando sem ter de prestar contas a tudo e a todos os que me rodeiam?
Eu nunca fui igual, eu nunca vou ser igual, eu não quero ser igual. Mas não quero ficar sózinha, não quero perder as pessoas de quem gosto por ser diferente. Por isso, vou deixar viver. Vou dar vida a mim e à outra pessoa que vive comigo.
Quem vive comigo sabe como deve agir, quando deve agir, é quase fria...pensa sobre tudo o que as pessoas numa sociedade e num mundo como o de hoje pensam. O dinheiro, as dividas, o casamento, a comida. E quando já nada lhe apraz um sorriso, existo eu!
Eu, que nunca parei de procurar, que nunca parei de sonhar, que quero fazer tudo, conhecer tudo...fazer sem ter de pensar nas consequências. Eu que só vivo para um momento que sei que vai acabar...mas que se o deixar passar... ele nunca mais vai voltar!
A outra pessoa que vive comigo não chora! É forte, racional, dá conselhos e ajuda sempre quem lhe pede.
Eu choro, eu sou fraca e nunca tenho certeza, vivo num risco constante e se não for para arriscar não tenho força para mais nada.

Pesquisas