quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quero apenas dizer-te:



Antes de partirmos para algo novo, quero dizer-te:
Dizer-te que gosto de ti..
Que gosto de apenas estar perto a olhar-te quanto falas...
Que gosto de ouvir a eloquência de cada uma das tuas palavras, do teu franzir de sobrancelhas quando te chateias, do teu inclinar de cabeça quando estás desconfortável ou demasiado atento, do teu sorriso quando esperas uma resposta, da tua gargalhada quando cometes um gafe...
Que gosto da tua forma desajeitada de andar, da tua posição enquanto trabalhas, das tuas mãos a tocar em tudo o que tens à tua volta, da forma como te calças, como escolhes cada peça, como me olhas e emites a tua opinião depois...
Que gosto da tua mão no meu ombro quando queres saber se está tudo bem, do teu narcisismo, da tua presença.
Não me posso esquecer de te dizer que gosto da forma como te impões, e como te mostras tão austero e tão certo do que falas...mas gosto porque conheço o outro lado, o lado que sorri, o lado que se despe daquilo que tudo o resto te impõe.
Gosto até da tua forma educativa de dizer bom dia...
Gosto de quando falo me olhares nos olhos e me perguntares se já vou.
Sou até capaz de gostar da distância que nos aproxima.
Antes de acabar seja lá o que for e embarcarmos em aventuras diferentes...quero também dizer-te que:
As ondas daquela praia nunca mais foram as mesmas, o trânsito da cidade e a confusão das ruas já não me incomoda.. As músicas deixaram de ser apenas sons, as bebidas agora são saboreadas, e as palavras já não as digo apenas por dizer...
Obrigada, por seres, por estares...Obrigada por me fazeres triste porque até aí me ensinas...
Obrigada por me fazeres sorrir e por me dares segundos que nunca esqueço.
Obrigada por teres partilhado metade do jornal comigo.
Obrigada pelo café e desculpa pelo cinzeiro que parti!
Obrigada pela importância de coisas menores que me mostraste.
Obrigada por existires e obrigada por me teres dito que sou importante para ti!
Gosto de ti!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

...mas afinal não...


A chuva bate lá fora...e tudo o que me apetece é sair a correr.
Corro junto ao mar, pelo meio do trânsito, a chuva cai cada vez mais forte...E eu não sinto frio, não sinto medo e o mundo passa por mim como se não tivesse importância.
Corro de peito aberto em direcção a ti...
Corro de cabeça vazia e de punhos cerrados.
Corro por entre as luzes e o frenesim no qual fico parada tantas vezes a pensar em ti.
A roupa ensopada faz-me lembrar o suor do teu corpo...
O cabelo desgrenhado faz-me lembrar quando as tuas mãos passaram por ele...
A boca seca não é do cansaço...é sede de ti, de nós, de beber de cada beijo teu.
Chegada á tua porta, só penso em subir e cair nos teus braços, dizer que afinal te amo e que quero ir contigo para o fim do mundo e ser feliz.
......mas afinal não...
Afinal a chuva continua lá fora, os discos continuam a tocar no escuro...tudo não passa de meras imagens fugazes de ti e de nós no meu imaginário. Afinal foi só um trovão e não foste tu a chamar-me por entre linhas.
E fico aqui...num grito surdo, num desespero pacífico...numa espera que não acaba...
E fico aqui, sem pensar que é desta que te vou esquecer. Mas a pensar quando te vou voltar a ver...de longe que seja!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um dia...




Um dia destes eu falo!
Conto ao mundo o que a minha alma chora e o que o meu coração desespera!
Um dia...
Um dia eu abro a janela e grito tão alto que do outro lado serás capaz de me ouvir!
Um dia...um dia serei capaz de falar baixinho mas direi palavras tão certas!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A minha vela deita agora fumo branco


E a chama da minha vela já não treme.
Agora arde impetuosamente como se nada a pudesse apagar.
Aquece-me o corpo, a alma, o espírito.
Arde fogosa quando me beijas...
Arde branda quando não estás...
Mas nunca se apaga mesmo que vás.
Nunca se extingue porque quando vais me deixas serena...
A chama da minha vela já não treme
A minha vela deita agora fumo branco.
Cheiro de carinho e de paixão,
Não se apaga porque perdi o medo e te entreguei o meu coração!

És fogueira que nunca se apaga, a chama única e igual a ela só!


Sei o que quero e nunca foi tão claro para mim;
Sei o que sinto e nunca o senti tão forte!
Sei do que preciso para encontrar a paz dentro de mim...Preciso de ti!
Preciso de ti perto de mim, penso em ti a cada minuto do meu dia!
És a última imagem antes de adormecer e o meu primeiro pensamento quando acordo.
Vivo numa loucura e num burburinho constantes, ouço a tua voz, vejo o teu olhar...mesmo que seja só no meu imaginário!
És àgua quando a minha boca seca,
És calor quando o meu corpo gela,
És brisa calma quando a vida não pára,
És vento quando o calor me torna àrida,
És sonho quando a esperança acaba,
És realidade quando a fantasia só me vai magoar!
És o colo que me afaga quando me sinto só!
És fogueira que nunca se apaga, a chama única e igual a ela só!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um sonho do que és, uma ilusão do que serás, uma saudade do que foste.


O que fazer quando os teus olhos encontram os meus por entre o mundo inteiro...
Como agir e como estar quando o teu cheiro me persegue, como que trazido pela brisa pla manhã mesmo estando tão longe...
Como fazer quando dou comigo a sorrir, enquanto viajo no tempo parada no mesmo sítio e tão perto daquele segundo que tive perto de ti?
Verdade, não há nada mais a fazer quando se está tão embrenhado numa teia que não é a nossa, nada a fazer, quando o nosso corpo e a nossa mente estão em poder de outrém que não o nosso.
Dizem que "Só quer sentir quem nunca amou, e quem ama quer tudo menos a saudade e esta é a sua única companheira"...e eu digo que quando estou perto de ti, quando consigo sentir mais do que o teu toque, sinto a saudade que vai chegar assim que partires...
Mesmo sabendo que longe me tens perto, mesmo sabendo que nos encontramos nos nossos pensamentos e mesmo sabendo que precisas tanto da minha presença, como eu preciso da tua... preciso de ti!
Quero-te!
Mas não consigo querer tudo...
Audácia e atrevimento seria querer o mundo, quando uma visão da luz que tu és me basta.
Ganância do teu corpo e do teu olhar, do teu coração e da tua paixão...sentimentos impossíveis de controlar.
Mas quando a necessidade é tão grande, quando a saudade me corta a alma e o coração, não quero ser gananciosa, a inveja não faz mais parte do que sou, do que somos, do que quero que sejamos.
Uma gota de àgua basta, quando a sede nos mata!
Uma gota do teu sabor basta, quando o meu adorar não acaba.
Um sonho do que és, uma ilusão do que serás, uma saudade do que foste.
Um segundo basta, quando um minuto é pedir demais!


Imagem e texto originais

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É mais que cuidar, mais que fazer bem...és um estado de alma



Vejo o teu brilho, sempre!
Vejo o teu brilho na minha imaginação, na minha memória, no meu horizonte.
Vejo o teu brilho mesmo quando o céu está tão escuro....
Longe, ou mais perto...vejo aquela luz quente, que me acolhe e me chama... Hoje ou amanhã, agora ou para ontem...eu preciso ir ao encontro desse meu porto de abrigo que és tu.
Não gosto de pensar onde estiveste até hoje, e nem penso onde vais estar amanhã.
Gosto de pensar que apenas estás...
Mesmo quando não brilha e aquece, o sol está lá.
Mesmo quando não me embala a lua está lá.
Mesmo quando não me podes tocar eu estou aqui e mesmo quando não te posso sentir...gosto de saber que estás algures por aí!
É mais que cuidar, mais que fazer bem...és um estado de alma; de alegria e loucura, de calma e serenidade.
O abraço que me leva ao céu, o abraço que me aconchega aqui em qualquer lugar.
O cheiro, o sabor o tacto...a deslocação do ar quando andas e deixas a tua presença, marcada algures no meu tempo. No tempo a que consigo regressar, em sonhos e de olhos fechados.
O brilho e o aconchego de um porto de abrigo, que senti que um dia ia chegar...
O abraço seguro, amante e amigo que não vendo agora sei que posso tocar!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

É esse passado que faz de mim o que sou hoje!



Quem não tem os seus fantasmas?
Quem não tem os seus segredos?
Quem não vive por dentro o que não pode mostrar cá fora?
E quem não tentou milhares de vezes enterrar um passado? Enterrar-se a si próprio e esquecer o que um dia já foi?
Sorrir quando só apetece chorar, falar para dispersar os outros de si próprio.
Brincar quando só apetece fugir e ser responsável quando...só preciso de ser o oposto?
Quem nunca chorou ao ver-se ao espelho, na procura daquilo que todos vêem e não encontrar pelos nossos próprios olhos.
Quem sentido pode haver naqueles que nos puxam para trás e nos fazem reviver e falar ... por a nú aquilo que sempre tentamos esconder? E porque nos abrimos e nos expomos?
Talvez tanto esqueleto no armário já tenha superado o espaço e algo precise sair, para que o interior se reorganize e tudo caiba lá dentro novamente.
Deitar os demónios, os medos, as fraquezas e fragilidades para fora.
Pensar e chorar sobre isso.
Agora: encontrar coragem outra vez para os voltar a pôr no lugar e esperar que não saiam de novo!

Somos hoje, o resultado do que fomos sendo até então.
Talvez a essência precise de se revelar para que percebamos que:
Eu sou o que sou, nem tu nem mais ninguém me vai mudar cá dentro.
Eu posso ser o meu maior inimigo quando não conheço quem vive dentro de mim.
Eu posso viver e pensar no futuro, mas nunca me posso esquecer do que fui, de quem fui.
É esse passado que faz de mim o que sou hoje! É esse passado que me ensina que se me queres mudar, então não vales a pena. Para um ser à tua medida, usa-te a ti mesmo.

(PS -  A ti obrigada por me teres adormecido e feito regressar. )

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mas antes diz-me que será o último beijo.



Como se fosse um último adeus....
É assim que encaro cada momento contigo.
Como se fosse a última vez...
É o que repito para mim enquanto falas.
Mas é apenas o último olhar até me chamares de novo.
Há apenas uma forma de uma noite ser a última.
Beija-me, como nunca me beijaste antes...
Mas primeiro diz-me que será o último beijo.
Abraça-me, mas primeiro diz-me que vai ser a última vez.
Olha-me nos olhos e limpa-me o rosto, toca a minha mão e afaga o meu coração.
Perto, mais perto...
Diz que até gostas de mim , mas que é a última vez.
Sorri....diz-me para ir e levar o teu sorriso na minha memória.
Diz-me adeus, não me digas até já.
Mas de tudo isto, peço-te...
Beija-me como nunca beijaste ninguém, mas antes diz-me que será o último beijo.
Fraqueza de quem não consegue deixar, e que pede para nunca o ser.
Fraqueza de quem gosta, e tem medo de ser abandonado, talvez.
Enfrentar a ideia de que me vais dizer, que é a última palavra, talvez me prepare o aconchego de que vou precisar até te esquecer.
Mas quem quero eu enganar? Por favor não vás!
Dá-me o que ainda me dás!
Beija-me e diz-me até logo!
Olha-me nos olhos...e deixa tudo no silêncio da incerteza!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Entre mim e um furacão de nós dois..."


Estou aqui,
Serena e numa paz triste, profunda.
Entre uma e outra lágrima, respiro fundo e sinto o vento bater-me na face.
De novo à tua porta, de novo leve e sem qualquer ponta de rancor ou raiva.
Estou aqui outra vez, uma e outra vez à espera que me leves contigo.
Quantas vezes já estive aqui, quantas vezes já soubeste que aqui estou...e me deixaste aqui ficar?
Não quero nada mais do que aquilo que tiveres para me dar.
Não quero nada, não quero ninguém.
Entre uma e outra lágrima que cai pelo meu rosto como uma carícia....tão bela e tão cortante, como só a tristeza o sabe ser.
Entre uma outra lágrima, entre um e outro olhar para as estrelas, vejo reflexos do que fui um dia contigo.
Entre uma nebulosa e outra, encontro-nos aos dois envoltos numa magia no infinito.
Nús de qualquer vida que os outros possam querer para nós. Nús de quaisquer palavras que alguém nos possa ter dito.
Perto de corpo, longe de tudo o que nos faz ficar sózinhos.
Entre um e outro soluço, mil imagens pela minha cabeça.
Entre um e outro piscar de olhos o teu beijo.
Entre uma e outra rajada de vento, as tuas palavras.
Entre uma e outra onda a rebentar aos meus pés, o teu toque no meu corpo.
Entre uma e outra nuvem, os teus olhos nos meus.
Entre um e outro minuto, o teu nome nos meus lábios.
Entre mim e aquela que se mostra, nós dois.
Entre nós e o mundo, um fosso sem igual, sem ningúem.
Entre mim e esse buraco negro, só o desejo de te ter outra vez...tão grande, tão forte, tão meu...tão nosso!
Entre mim e um furacão de nós dois...nada!
Leva-me...ou deixa-me aqui...eu vou continuar a querer nem que seja apenas uma ideia fugaz de ti.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Se voltares e não estiver, é porque me soprou o vento...o mesmo que as tuas palavras sopraram ao meu coração



Agora, que percebi o quanto sózinha estou e sou sem ti...mesmo que fosses apenas uma imagem no meu pensamento.
Agora, que consigo não sonhar contigo, não te ver em toda a parte.
Hoje, que percebi que talvez não te queira ver e não te queira falar....simplesmente porque me dói sempre mais do que pode algum dia doer a saudade.
Como se tivesses dito as palavras mágicas.
Como se tivesses quebrado o encanto e eu tivesse acordado de vez.
Como se num segundo...uma vida se tivesse desvanecido ao sabor dum vento frio, gélido.
Agora não sei como fazer, como estar, em que pensar... Não sei como é ter a minha cabeça vazia de ti, de nós.
Num estado de apatia letárgica me vais encontrar, se me quiseres procurar.
Agora que te deixei ir e saí aos portões dum mundo tão encantador como dantesco, não sei para onde ir, como ir.
Ficarei! Estarei sempre aqui! Vazia, de olhos postos num buraco negro...
Se voltares e não estiver, é porque me soprou o vento...o mesmo que as tuas palavras sopraram ao meu coração.
Estarei onde o meu sentimento estiver, porque sem paixão não sei viver.
Estarei, aqui ou longe de ti.
Estarei igual, de alma e coração abertos para receber o que os dias têm para me oferecer.
Mas sinto, que sempre me vai faltar quem me faça sentir com tanta intensidade...sentir qualquer coisa...nem que sejam as lágrimas que só tu me fizeste chorar. De alegria, de tristeza, de ódio, de carinho, de ternura..

sábado, 3 de outubro de 2009

Quase como se tivesse vendido a minha alma


Quase como se tivesse vendido a minha alma por um segundo contigo.
Quase como se tivesse trocado toda a paz da minha vida por um olhar teu.
Senti a loucura a invadir-me lentamente, pouco a pouco. Senti cada veia dilatar-se,  a minha respiração cada vez mais forte, mais ofegante.
A adrenalina dispara, o meu coração batia descompassado, as minhas costas arqueavam, as minhas mãos tentavam agarrar qualquer coisa que me pudesse prender ao mundo real, ao mundo seguro.
A luz esvaía-se, a escuridão envolveu-me e num segundo não era corpo, era sombra. A tua sombra, na tua sombra.
A minha mente ficou fazia, não via, não sentia, não ouvia mais nada a não seres tu.
Como se o meu corpo se tivesse despegado e agora era apenas energia. Energia que se fundia, se envolvia, se misturava com a tua.
Perdi os sentidos por momentos, a insaniedade tornou-se a minha regra por momentos.
As palavras saiam da minha boca, como gemidos, como pedidos de ajuda, como suplicas para que não me deixasses.
Os meus olhos reviravam, como que possuída por algo que não se vê, não se cheira, não se toca. Mas que se sente tão intensamente, tão inexplicável, tão único.
A loucura tinha-me em seu poder agora. Vendi a minha alma por minutos contigo.
Perdi o norte, perdi o sentido, perdi tudo!
Tudo que agora finjo ter.
Sou corpo sem alma, porque essa...és tu quem a tem cativa a seu bel'prazer.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Permanecer inerte...até ao teu regresso



Sombrias as ruas por onde caminho à procura de mim mesma...
Estranhas as sombras que se formam à minha volta...
Medo pavoroso de cada ramo que se quebra, gélido, à minha passagem.
Corro por momentos, ofegante percebo que dei mil voltas e vim parar ao mesmo sítio.
Não encontro saída, e quando amanhecer vou esconder-me numa sombra qualquer...como se a luz do dia me queimasse a alma.
Afinal esconder-me foi o que sempre fiz melhor. E foi no meu esconderijo que me encontras-te.
Foi no meu refúgio que te deixei entrar...e é daqui que te recusas a sair.
Sabes que aqui eu...sou apenas eu...
Sabes que aqui nunca ninguém me encontrou...
Sabes que aqui choro, sorrio, sonho, grito, durmo, dou a volta ao mundo sem sair deste meu lugar.
Sabes que aqui é o único lugar onde fantasiosamente...me sinto segura.
Sabes que aqui...vais conseguir encontrar-me agora.
Como te sabe estar no escuro comigo?
Como te sentes por teres atravesado as paredes que tinha contra o mundo?
E...como te sentes...agora que aqui estás e nada é bonito...porque não sais?
Porque não me deixas ficar aqui submersa numa escuridão só minha?
Quando antes senti que quando ias....já não voltarias mais...agora quando sais e espero ansiosa, de coração sobressaltado e aberto para te receber a qualquer momento.
Não durmo, para te ver chegar. Mal respiro, para quando te tocar novamente sentires o meu suspiro de alívio, tão profundo, tão sincero.
Onde antes eu era o abrigo de mim mesma...agora estou à mercê das sombras, das tuas sombras...
Onde antes não precisava de mais nada...agora preciso só de saber que vais voltar.
O medo do que não vejo é maior que o mundo...e por isso sabes que daqui...eu nunca terei coragem para partir.
E à falta de coragem, a mentira, a fábula e a fantasia de um sentimento que nunca terás...vencem e fazem-me permanecer inerte...até ao teu regresso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Até que não consiga mais lembrar-te


Há um momento em que a dor se torna tão forte, tão profunda, tão cortante...que simplesmente não se suporta.
Há um momento em que por mais que a minha cabeça viaje para perto de ti, tudo é tão escuro, tão dormente, tão vazio...que o meu corpo não aguenta mais.
Há um momento em que tudo me grita: BASTA.
Talvez me reste agora pensar em nós e quem sabe guardar um memória...sem dúvida é o que farei...pensarei em ti, todos os dias, todos os minutos, a cada segundo...até que a tua imagem de desvaneça. Até que sejas uma vulto, até que sejas uma sombra, até que sejas uma névoa, até que o vento te sopre e deixes de existir.
Lembrar-nos-ei até que fisicamente tal se torne impossível, até que as lágrimas deixem de me encher os olhos quando vejo que não estás para mim.
Pensarei em ti até que o meu coração deixe de disparar quando te vir. Estarei contigo até que o mundo se ponha entre nós, e desapareças para sempre.
Não!! Não me perguntes se é o que quero! Porque o que eu quero não o posso conseguir sozínha.
O que eu preciso, não te posso roubar.
O que nos une tem de ser um circulo...e não uma recta infinita que parte de mim e acaba...onde nunca poderei chegar porque és tão inatingível.
Pensarei em ti, até que não te consiga ver em sonhos.
Mas por favor, não me perguntes, não me peças, não me faças acreditar, não me faças perceber que aí estás.
Se voltares não fujas outra vez....Ninguém pode ser assim tão cruel.
Peço, mas não imploro.
Pensa apenas, mais uma vez: se ainda aqui estou, achas mesmo que quero partir?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

importante sermos, estarmos, querermos os dois...



Talvez eu seja mesmo especial, talvez sejamos os dois.
Gosto de pensar no destino e em como há milhares de coisas que nos acontecem e que fogem ao nosso controlo.
Quem me diz que não existem ligações eternas, engana-se. Quem me diz que não podemos estar ligados a alguém que não conhecemos é porque nunca sentiu nada sem o controlar, é porque nunca pensou em ninguém permanentemente sem o conseguir evitar.

A paixão...cura-a o tempo, e o amor conseguimos sabê-lo em consciência. Mas e quando sentimos sem conseguir dar um nome?
Vivo cada segundo do meu dia como se me contemplasses. Falo como se me estivesses a ouvir. Acordo como se fosses o primeiro rosto que eu fosse ver.
Sonhar contigo perde todo o sentido, quando te imagino na minha mente acordada e de consciência.
Sonhar connosco, ganha outra vida quando me dás rede por baixo do meu trapézio.
Se dás por querer ou sem querer, se dás sabendo que ma vais tirar, se me sorris com falsa confiança, se me falas com falsas palavras e se me olhas com um vazio por trás do brilho dos teus olhos.... não quero saber, pior seria suportar tudo isso sem um pingo de fantasia.
E se me lês e pensas em mim...se me ouves e precisas de mim... se sabes que estou, estando em qualquer parte do mundo...então nenhum cenário pode ser tão negro.
Talvez eu seja importante, talvez sejamos os dois. Talvez seja importante sermos, estarmos, querermos os dois...e sem dúvidar garanto... A minha importância está na minha fantasia, por ti, pelo que me fazes ser, pelo que sou quando penso que...
Tudo o que faço é como se me estivesses a ver...e aí sim, talvez eu seja importante!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Não acredito


Talvez tudo se resuma ao dia em que vou acordar e perceber que não quero.
Talvez tudo acabe e nunca mais seja lembrado no dia em que eu disse que acabou.
Talvez tudo seja tão vazio que não tenha qualquer futuro nem em memórias, sendo preciso apenas dizer que basta!
Mas para dizer, não basta soltar as palavras...preciso acreditar nelas.
E não acredito quando digo que acabou...assim como não acredito quando me dizes que algo existe.
Não acredito em mim, assim como não acredito em ti.
Não acredito no que vejo, não acredito no que sonho, não acredito no que ouço da tua boca, no que leio das tuas letras, não acredito em nós e no mundo que vivemos tão longe daquele que realmente existe.
Não acredito nas letras das músicas que por vezes pareces cantar para mim, não acredito em surpresas que nunca chegam.
Não acredito quando falas em sentir, não acredito em nada nem em ninguém.
Não acredito nos teus olhos quando encontram os meus, não acredito em esperanças que me dás só para me prenderes a um chão que não existe.
Não acredito no teu beijo, não acredito no teu toque e não acredito nos murmúrios doces da tua voz quente e subtil.
Não acredito quando andas a meu lado, não acredito quando a tua mão toca na minha.
Não acredito quando te deixo passar a linha da minha segurança, não acredito em ti, não acredito em nós.
Não acredito naquela noite de luar á beira rio, não acredito naquele final de tarde e não acredito naquela manhã.
Não acredito que te quero fora da minha vida, não acredito que te quero longe, não acredito no que penso.
Não acredito nas minhas palavras, nos meus gritos de liberdade...acredito no que sinto e por isso...não acredito em mim...assim como não acredito em ti.
Não acredito e fujo..mas fujo de ti ou fujo de mim?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Se ao menos


Tantas vezes tentei saber dos teus sentimentos, e tantas outras jurei que não os tinhas.
Horas que passei a olhar-te, a tentar perceber se encontravas o meu olhar e se lias em mim o que sentia por ti.
Dias e noites infidáveis para tentar perceber se tinha algum lugar na tua vida, algum cantinho no teu coração...ou pelo menos na tua memória.
Se ao menos eu soubesse como dizer-te que precisava de ti e que me sentia bem só por ver um sorriso teu.
Agora que sei...palavras tuas, sem nada de falso...afinal nunca me tentaste agradar...Não sei se devo acreditar!
Não sei como interpretar, não sei como pensar e como guardar a tua frase. A frase que me fez ficar sem palavras, a frase que me tirou o sono, a frase que ecoa na minha cabeça! O olhar de surpresa, o reconhecimento de que afinal...importamos!
Será que afinal sempre lá estiveste? Será que quando eu sentia e tu negavas...eu tinha razão? Será que nunca fui, por saber que tu me querias exactamente onde eu estava?
Se sempre estive confusa, agora estou vazia. Como se quisesse eternizar aquele momento!
Se ao menos te pudesse dizer obrigada, se ao menos te pudesse dizer que sempre senti que o sentias por mim. Se ao menos te pudesse dizer que preciso saber mais.
Se ao menos pudesses saber que tudo o que me dás nunca chega, e que nunca fico satisfeita...porque algo me faz sentir que tens mais, muito mais para me dizer e para me dar!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gosto de pensar que juntos, somos iguais...


Às vezes tento dizer a mim mesma que acabou, que chega, que ninguém aguenta tamanha distância e que por mais que tente não vale a pena esperar ou sequer sonhar...
Mas é aí que apareces...ouvir a tua voz, as tuas palavras certeiras ao meu coração, à minha mente e ao meu corpo.
Redespertam os meus sentidos mais reprimidos e em minutos tudo regressa a uma memória que apenas há segundos eu estava a tentar fechar a porta.
De que me vale então achar que não vens mais, quando não saíste. Já não sei se gosto da ideia de nunca teres desaparecido da minha vida.
Mas é como se tudo fosse compensado quando estamos juntos por tão pouco tempo. Uma hora compensa uma vida. Um minuto compensa uma lágrima.
Não esquecerei, jamais! Aquele beijo, aquele suspiro perto do meu ouvido que me fez mexer o cabelo de tão profundo. Aquele toque, aquele olhar e aquele sorriso...tudo tão sincero e tudo tão falso! Tudo sem nexo, tudo com tanto sentido.
Seremos pessoas diferentes quando estamos juntos? Ou seremos nós mesmos apenas quando estamos juntos? Gosto de pensar que conheço aquilo que escondes de todos e gosto de pensar que me desnudo de tudo o que todos vêem para te mostrar apenas a minha essência!
Gosto de pensar que juntos, somos iguais...não somos um só, mas somos dois num perfeito encaixe.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Castelo de sonhos


Talvez tenha construído à volta de nós um castelo de sonhos, tão alto onde ninguém pudesse chegar...
E agora, nem eu lá consigo entrar.
Mil e uma ideias, mil e um sonhos, mil e uma perguntas....depois fica tudo preso dentro de mim a passar a uma velocidade maior que a velocidade da luz. Nunca sai nada quando tenho uma em mil oportunidades para te perguntar e dizer tudo.
Construí aquela fortaleza, a mais bela, onde longe de tudo pudessemos ser felizes. Porque sempre foi longe de tudo e de todos que te tive, foi longe de tudo e de todos que te encontrei...te conheci, e me dei.
Porque os outros nos obrigam a usar aquelas máscaras e aquelas vestimentas que nos escondem, e andamos tanto tempo escondidos confusos por entre aquele rebanho, que no fim não sabemos nós próprios quem somos, eles apanharam-nos.
Quem sou eu? Quem és tu? Nunca és igual, nunca dizes, nunca pensas da mesma forma.... Nunca sei o que sentes, nunca consigo chegar a ti, mesmo quando parece que me indicas o caminho...
E eu? Quem sou eu? Se me transformo e me moldo à tua vontade e ao teu desejo?
Eu sei quem sou, quando estamos longe de tudo e quando tão brevemente visitamos o castelo de sonhos que construí para os dois...e onde nunca vamos viver.
O castelo dos sonhos, ondo vagueio noites e dias intermináveis, sózinha, à procura de ti.
À procura do único beijo, do único toque, do único cheiro, do único olhar... que me prende e me faz perder o rumo de tudo o que um dia me pareceu tão certo!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Vamos ficar assim...quero ver-te, olhar para ti!


Dá-me a mão...
Sentes?
Sentes o quase impulso eléctrico que me percorre?
Sentes a suavidade com que fecho a minha mão prendendo a tua?
Sentes como cada espaço se completa?
Agora...
Olha-me nos olhos...entendes?
Entendes o que te quero dizer e não há som que saia por entre os meus lábios?
Espera!
Fecha os olhos e não te movas um só centímetro!
A minha face aproxima-se da tua, o meus lábios tocam os teus...não te beijo! Apenas, sinto.
Devagar, sentes os meus lábios no teu queixo, na tua cara, no teu pescoço...a deslizar como pétalas...leves, suaves.
Sentes a minha respiração traquila, como brisa de fim de tarde perto do teu ouvido...e eu murmuro...baixinho, como se não quisesse que me ouças..."Gosto de ti!"
Não respondas!
Não te mexas!
Dá-me a mão! Olha-me nos olhos!
Sentes?
Vamos ficar assim...quero ver-te, olhar para ti!

sábado, 1 de agosto de 2009

Afinal eu estava mesmo ali...!


Como apenas uma imagem, um olhar retribuido, me faz respirar tão depressa...
As saudades quase me queimavam, as intermináveis mensagens sem resposta, as horas a pensar em ti e se também estarias a pensar em mim.
A inquietude do corpo, da alma e do coração.
A loucura de pensamentos desalinhados, como os meus cabelos depois de voltas e voltas na cama pela noite dentro contigo na minha mente.
Mas depois vi-te tão perto, ouvi a tua voz tão perto, encontrei o teu olhar no meu, tudo tão perto...quase real.
A inquietude? Continua, viva, quente, imparável, incontrolável e incontornável... Mas por momentos, a demência deu lugar à loucura, porque sei que pelo menos naqueles escassos segundos de delírio, pensaste em mim... afinal, eu estava mesmo ali!

terça-feira, 14 de julho de 2009

...quem sabe a beira mar


Eu sou porque me deixas ser...
Eu sonho porque me deixas sonhar...
Eu desejo porque me fazes desejar.
Não vivo por ti, mas vivo por te procurar!
Dou comigo a pensar em ti, como se pensasses em mim.
Dou comigo a arder por dentro...como se a tua chama se incendiasse por mim.
Peço pelo dia em que te vou reencontrar, sonho com a tua forma louca de me beijar.
Tudo cá dentro se revolta só de pensar que um dia te voltarei a tocar...quem sabe à beira mar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Deixa-me ficar aqui, escondida do mundo à frente de toda a gente. De mal comigo, de bem connosco"


Sabes que o pôr-do-sol à beira mar é o que mais me aproxima de ti?
Ou será esta imagem demasiado clichet?
Sabes que é o ritmo das tuas palavras que me embala numa viagem só de ida?
Uma viagem que acaba em alto mar,
Onde não tenho salavação...
E nem sequer sei nadar.
Sabes que é a tua voz que me faz fechar os olhos e fugir...
Fugir para longe sem sair do mesmo lugar.
Promessas feitas em olhares, arrancar uma saudade da tua boca num momento fugaz.
Guardar comigo a certeza de que não me queres ver, para no momento seguinte me roubares essa certeza substituindo-a por uma parvoíce qualquer que me dá voltas ao estômago.
Guardar comigo um momento como se fosse o último, para mo roubares e no momento seguinte me prometeres o que sei que nunca vai acontecer!
Deixa-me ficar aqui, escondida do mundo à frente de toda a gente. De mal comigo, de bem connosco. A pensar que um dia aquele minuto vai ser eterno e as lágrimas seguintes vão ser por pena de mim mesma.
Deixa-me ficar aqui, de olhos postos no sol que se põe como isto que sinto por ti... Vai ficar escuro, mas não tarda vais fazer o sol nascer outra vez.
Deixa-me ficar num sítio que sabes onde é...na fantasia de que apareças num qualquer final de tarde para veres o sol pôr-se ao meu lado...
Deixa-me ficar e pensar que tens vontade de me encontrar!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sinto agora...



O que não compreendo,
Apenas me limito a aceitar!
O que não tenho...
Apenas me limito a perceber!
Mas agora percebi, compreendi,
Amo-te!
Pensei que entendendo, tudo fosse mais fácil...
Percebi porque me doia,
Percebi porque não dormia,
Percebi porque sem motivo sorria,
Percebi porque em lágrimas me desfazia.

Percebi também que amor é tudo o que não podia.

Mas Amo-te e não há nada que possa fazer...
Então vou apenas aceitar?
Aceitar e ir-me embora sem te dizer?
Nunca irias acreditar,
Nunca irias compreender!

Mas sinto agora...que para me ir embora preciso de te dizer, afinal sempre me pediste sinceridade. Não consigo não te dizer, não te sei ignorar, apenas aprendi que a ti apenas te posso amar. Amo-te às escondidas de ti e do mundo...mas já não te amo escondida de mim.

Posso dizer o que quiser, mas não consigo fazer metade do que digo
Fraqueza? Não...Amo-te

quarta-feira, 4 de março de 2009

"Se não existe nada..."


Se não existe nada...
Porque sinto que perdi tudo?
Se nunca tive nada...
Porque está tão vazio?
Se uma fantasia...é apenas isso...
Sem exisitir...
Porque sinto que a vivi?
Se foi tudo mentira...
Porque é que te senti?
Se nunca te tive...
Porque sinto o teu cheiro?
Se nunca te toquei...
Porque me lembro da tua pele?
Se é tudo mentira...Se tu nunca estiveste aqui...
Porque não me esqueço dos teus beijos?
Se nunca me quiseste, porque é que vi isso nos teus olhos?
Se tudo não passa de....Nada...
Porque é que doi tanto?
Encarar que perdi o que nunca tive, que toquei o nunca existiu...
Encarar que acabar com que nunca começou...é apenas assunto meu!
As fantasias não passam disso mesmo, não existem...eventualmente acabará por passar!
Se sei que vai passar, porque não consigo parar de chorar?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Quero-te...



Quero-te como nunca quis ninguém
Quero-te e por isso sonho mais além...
Quero-te porque um dia te tive,
Quero-te porque por isso meu desejo vive...

Quero-te porque um dia me entreguei,
Quero-te porque desde aí não sou ninguém.
Quero-te porque o teu beijo me faz sonhar,
Quero-te mais por seres impossível de alcançar.

Quero-te quando me roubas o sono,
Quero-te porque longe de ti não me encontro.
Quero-te quando não penso em mais nada,
Quero-te porque desde o primeiro dia estou numa encruzilhada!

Quero-te porque o meu coração bate tão forte,
Quero-te porque na minha vida foste como um corte.

Quero-te, e é por isso que choro,
Porque não te posso ter e te adoro.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Amanhã és alguém que toda a vida conheci"



Sinto que vou enlouquecer
Preciso de te ver...
Mesmo que não te possa tocar,
Chega-me o teu olhar!
Ver o teu corpo e imaginá-lo no meu,
Lembrar o teu cheiro e de como me senti no céu!
É o pecado mais antigo do mundo,
O pecado do desejo carnal...
É um poço sem fundo,
Que me dá uma satisfação sem igual.
É uma loucura incontrolável,
Consome-me o corpo e a alma...
Num segundo estou a chorar inconsolável,
No outro a tua voz envolve-me em calma!
Hoje és um estranho que nunca vi,
Amanhã és alguém que toda a vida conheci.
Hoje magoas-me como se me fosses matar,
Amanhã afagas-me como se para sempre me fosses amar!
Não sei lidar contigo, fazes-me mal,
Mas longe de ti não consigo...como se do meu sorriso fosse o final!

Sinto uma brisa, às vezes tão violenta...
É por ela que me vou deixar levar...
Mesmo que não acabe ns teus braços,
Tive os teus beijos e um dia o teu abraço!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

"A espera faz sentido agora, sim..."



Não me perco no escuro...
Apenas te encontro.
Como se de repente percebesse tudo,
E a escuridão me tornasse o desejo tão claro.

Os olhos habituam-se ao menor rasgo de luz,
Cada pormenor deixa de ser visto...
Mas cada detalhe consegue ser sentido.
Tudo passa a ser permitido.

Cada toque, cada som...
A exaltação de cada mílimetro do teu corpo...
A procura de um calor...
Deixar o racional visual,
Agora é o instinto que apenas se quer plo que é...quase animal.

A respiração ofegante, a tua saliva que me faz estremecer...
O sentido deixa de o ser, o pensamento deixa de existir...
Cada movimento é precioso.

As diferenças fundem-se e de repente somos tão iguais,
Apenas dois corpos que ardem, e se pedem um ao outro sem pensar em tudo o que os impediu até ali...
A espera faz sentido agora, sim...
O domínio a que me entrego é teu...
A loucura do nada, a espera plo tudo,
O meu corpo é agora apenas teu.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"um grito de liberdade não se pensa, não se planeia"

Abrir os braços e gritar...
Gritar com todo o fôlego que o meu peito permite..
Gritar o teu nome, gritar adeus!
Como se finalmente libertasse a minha alma da tua paixão,
Como se finalmente libertasse o meu espirito da tua maldição...
Sim acabou....e eu ganhei!
Vou guardar, para não mais repetir...
Vou guardar, vou reviver sózinha...
Com o prazer de não mais precisar de ti.
Já não te odeio,
Já não choro...
Mas não te esqueci...
Apenas já não te adoro!
Consigo ver finalmente, como se o vento do meu grito, fizesse o céu se abrir e tudo é tão diferente agora...
És apenas uma pessoa, que vejo todos os dias...como tantas outras que nem conheço!
És apenas alguém diferente, por quem a minha vida passou..Mas teve de seguir em frente como se nada tivesse acontecido...
Porque um grito de liberdade não se pensa, não se planeia, o meu veio hoje...
Um beijo...adeus!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"Um encontro com propósito de despedida"

Há desejos insaciáveis,
Há beijos que nunca chegam.
Há momentos inesquecíveis,
Há toques que queimam e marcam.
Há momentos fugazes
Que permanecem sempre.
Há momentos que simplesmente não o são,
Há fantasias que nos fazem disparar,
Há segundos que nos aceleram o coração,
Há fugas que só nos fazem apaixonar!
Os sentidos proíbidos por onde vamos avançar
Os caminhos sem retorno que nos obrigam a seguir.
Os sentimentos contraditórios que apenas podemos sentir.
Os desejos inantigíveis que insistimos em satisfazer.

Um encontro com propósito de despedida,
Que me leva ao início, ao teu ponto de partida!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Procurar



Para onde quer que olhe...
É sempre em busca duma imagem de ti!
Procuro por algum sinal de que também me procuras...
Para tentar encontrar-te cometo as maiores loucuras.

Nunca chega um fim de dia que não pense se pensaste em mim..
Embora saiba sempre que tu nunca serás assim...
Embora certa de que não serei a flor num teu jardim.

Gosto de ti, de pensar em ti...
Mas metade já esqueci..
Sinto a tua falta, da tua imagem nos meus olhos
Mas sei que entre tudo não é a mim que escolhes!

Apesar de mil vezes ter dito que te quero
E outras tantas ter dito que te odeio...
Já nem sei bem porque é que espero!
Sinto-me sempre entre algo, no meio...

Não sei como começou e não consigo acabar,
Talvez me deixe apenas levar...
Enquanto de punhos cerrados todas as noites continuarei a esperar...
Não por ti,
Mas a esperar por te esquecer!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009



Quero ser eu, apenas eu...
Quero escolher, falar...
Quero que o mundo seja meu,
Quero agir sem ter de pensar!

Quero ganhar, ser vencedora;
Quero jogar, mesmo amadora.
Quero lutar, com alguém à altura,
Quero viver, mesmo que a vida seja dura.

Quero dar-te a mão, sempre que me pedires
Quero viver com o coração, contigo para assistires
Não são precisos poemas de amor...
Basta perceberes que está com alguém com um desejo lutador.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009



Gostava de me perder contigo...
Para te mostrar como é o sítio onde estou desde que me perdi por ti.

Tem tanto de sinistro como de encantador e parece-me que tem mesmo de ser assim.

Perder-me no teu olhar
Doce e num constante ameaçar.
Perder-me na música da tua voz,
Que só me faz pensar em nós.

Como se não precisasse de te tocar para estar contigo.
Como se não tivesse de me dar para ser sempre tua.

Há muito que desisti de lutar contra mim
Desisti de lutar quando se trata de ti.
Vivo em constante sobressalto é verdade,
Mas tudo vale a pena quando (mesmo a mentir) te ouço dizer que um dia vou poder amar-te outra vez.

Talvez...não valha a pena viver desta forma errada...
Talvez...nunca vá chegar a lado nenhum e a nossa história esteja encerrada...
Mas enquanto o meu coração bater assim,
Só por estar perto de ti..
Prefiro sonhar, imaginar e esperar!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Equanto procuro por mim...continuo à mercê da tua vontade, do teu querer...frágil e desprotegida, na palma das tuas mãos. "



Chega de cartas de amor para quem não tem qualquer sentimento.
Chega de rimas para quem não termina da mesma forma que eu.
Chega de acordes para quem não toca a mesma canção!
A indecisão que antes me mantinha, já não tem qualquer encanto...a incerteza que me embalava, agora tortura-me pela noite dentro.
Mas...o meu maior inimigo sou apenas eu...quando apesar de tudo não te consigo esquecer.
De que me vale acabar com cartas de amor, rimas e acordes...se continuo a adormecer como se me abraçasses...se continuo a corar só de saber a tua presença.
De que me vale toda a revolta, todo o ódio, toda a raiva...se as lágrimas me balançam nos olhos e tudo me lembra de ti!
Fraqueza...contra a qual ainda procuro armas para lutar.
Orgulho...que continuo a tentar recuperar.
Regras e princípios que deitaste por terra e que continuo a tentar encontrar forma de voltar a erguer.
Equanto procuro por mim...continuo à mercê da tua vontade, do teu querer...frágil e desprotegida, na palma das tuas mãos.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Jogar



Jogar...Todos gostamos de jogar...

Um ou outro flirt, de que por vezes nem nos chegamos a aperceber!

Tal como no mundo animal...mostramos dotes, pontos fortes, seduzimos, somos seduzidos...Tudo em busca de um favoritismo, de um reconhecimento talvez.

Um jogo, eu diria o jogo! O jogo mais perigoso e talvez por isso o que mais gosto de jogar...o tão aclamado jogo de sedução!

Um olhar, uma palavra, uma expressão... Uma respiração mais perto...Uma mensagem, um e-mail...

Uma palavra mais forte, uma descrição de um beijo...uma procura de informação para termos a certeza que quando lançarmos os dados (se alguma vez o lançarmos) não vamos falhar.
Uma distância demasiado próxima, um cheiro que nunca mais se esquece, um olhar de 1 segundo que não esquecemos durante uma semana!

Mostramos como somos bons, queremos a todo custo provar que se ali estivessemos juntos como seria bom, como seria quente, como seria o encontro da nossa vida.
E depois, o segredo...o jogo que está tão envolto em segredo...ou não teria tanta vontade e tanta garra para o jogar...Não poder falar, gritar e andar de mãos dadas... Não é perfeito...

Quem disse que não é perfeito não é um verdadeiro jogador! É perfeito, a arte de seduzir em segredo e em simultâneo está em manter o segredo, falha-se muito mas finalmente consegui! E é extraordináriamente delicioso...ver-te passar, ver-te sem roupa na imaginação, ouvir a tua respiração, sentir-te e no segundo virar o olhar e dizer boa noite a uma qualquer pessoa...não espera!!! Virar o olhar e dizer boa noite à última pessoa que pode adivinhar o que estava a pensar!

Gosto de jogar, gosto que me digas as regras pensando que as impões...quando as uso a meu favor...como faz o melhor jogador. Espera, como faz uma mulher que gosta de o ser na sua maior beleza e exaltação de essência feminina.

Pesquisas