terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mas antes diz-me que será o último beijo.



Como se fosse um último adeus....
É assim que encaro cada momento contigo.
Como se fosse a última vez...
É o que repito para mim enquanto falas.
Mas é apenas o último olhar até me chamares de novo.
Há apenas uma forma de uma noite ser a última.
Beija-me, como nunca me beijaste antes...
Mas primeiro diz-me que será o último beijo.
Abraça-me, mas primeiro diz-me que vai ser a última vez.
Olha-me nos olhos e limpa-me o rosto, toca a minha mão e afaga o meu coração.
Perto, mais perto...
Diz que até gostas de mim , mas que é a última vez.
Sorri....diz-me para ir e levar o teu sorriso na minha memória.
Diz-me adeus, não me digas até já.
Mas de tudo isto, peço-te...
Beija-me como nunca beijaste ninguém, mas antes diz-me que será o último beijo.
Fraqueza de quem não consegue deixar, e que pede para nunca o ser.
Fraqueza de quem gosta, e tem medo de ser abandonado, talvez.
Enfrentar a ideia de que me vais dizer, que é a última palavra, talvez me prepare o aconchego de que vou precisar até te esquecer.
Mas quem quero eu enganar? Por favor não vás!
Dá-me o que ainda me dás!
Beija-me e diz-me até logo!
Olha-me nos olhos...e deixa tudo no silêncio da incerteza!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Entre mim e um furacão de nós dois..."


Estou aqui,
Serena e numa paz triste, profunda.
Entre uma e outra lágrima, respiro fundo e sinto o vento bater-me na face.
De novo à tua porta, de novo leve e sem qualquer ponta de rancor ou raiva.
Estou aqui outra vez, uma e outra vez à espera que me leves contigo.
Quantas vezes já estive aqui, quantas vezes já soubeste que aqui estou...e me deixaste aqui ficar?
Não quero nada mais do que aquilo que tiveres para me dar.
Não quero nada, não quero ninguém.
Entre uma e outra lágrima que cai pelo meu rosto como uma carícia....tão bela e tão cortante, como só a tristeza o sabe ser.
Entre uma outra lágrima, entre um e outro olhar para as estrelas, vejo reflexos do que fui um dia contigo.
Entre uma nebulosa e outra, encontro-nos aos dois envoltos numa magia no infinito.
Nús de qualquer vida que os outros possam querer para nós. Nús de quaisquer palavras que alguém nos possa ter dito.
Perto de corpo, longe de tudo o que nos faz ficar sózinhos.
Entre um e outro soluço, mil imagens pela minha cabeça.
Entre um e outro piscar de olhos o teu beijo.
Entre uma e outra rajada de vento, as tuas palavras.
Entre uma e outra onda a rebentar aos meus pés, o teu toque no meu corpo.
Entre uma e outra nuvem, os teus olhos nos meus.
Entre um e outro minuto, o teu nome nos meus lábios.
Entre mim e aquela que se mostra, nós dois.
Entre nós e o mundo, um fosso sem igual, sem ningúem.
Entre mim e esse buraco negro, só o desejo de te ter outra vez...tão grande, tão forte, tão meu...tão nosso!
Entre mim e um furacão de nós dois...nada!
Leva-me...ou deixa-me aqui...eu vou continuar a querer nem que seja apenas uma ideia fugaz de ti.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Se voltares e não estiver, é porque me soprou o vento...o mesmo que as tuas palavras sopraram ao meu coração



Agora, que percebi o quanto sózinha estou e sou sem ti...mesmo que fosses apenas uma imagem no meu pensamento.
Agora, que consigo não sonhar contigo, não te ver em toda a parte.
Hoje, que percebi que talvez não te queira ver e não te queira falar....simplesmente porque me dói sempre mais do que pode algum dia doer a saudade.
Como se tivesses dito as palavras mágicas.
Como se tivesses quebrado o encanto e eu tivesse acordado de vez.
Como se num segundo...uma vida se tivesse desvanecido ao sabor dum vento frio, gélido.
Agora não sei como fazer, como estar, em que pensar... Não sei como é ter a minha cabeça vazia de ti, de nós.
Num estado de apatia letárgica me vais encontrar, se me quiseres procurar.
Agora que te deixei ir e saí aos portões dum mundo tão encantador como dantesco, não sei para onde ir, como ir.
Ficarei! Estarei sempre aqui! Vazia, de olhos postos num buraco negro...
Se voltares e não estiver, é porque me soprou o vento...o mesmo que as tuas palavras sopraram ao meu coração.
Estarei onde o meu sentimento estiver, porque sem paixão não sei viver.
Estarei, aqui ou longe de ti.
Estarei igual, de alma e coração abertos para receber o que os dias têm para me oferecer.
Mas sinto, que sempre me vai faltar quem me faça sentir com tanta intensidade...sentir qualquer coisa...nem que sejam as lágrimas que só tu me fizeste chorar. De alegria, de tristeza, de ódio, de carinho, de ternura..

sábado, 3 de outubro de 2009

Quase como se tivesse vendido a minha alma


Quase como se tivesse vendido a minha alma por um segundo contigo.
Quase como se tivesse trocado toda a paz da minha vida por um olhar teu.
Senti a loucura a invadir-me lentamente, pouco a pouco. Senti cada veia dilatar-se,  a minha respiração cada vez mais forte, mais ofegante.
A adrenalina dispara, o meu coração batia descompassado, as minhas costas arqueavam, as minhas mãos tentavam agarrar qualquer coisa que me pudesse prender ao mundo real, ao mundo seguro.
A luz esvaía-se, a escuridão envolveu-me e num segundo não era corpo, era sombra. A tua sombra, na tua sombra.
A minha mente ficou fazia, não via, não sentia, não ouvia mais nada a não seres tu.
Como se o meu corpo se tivesse despegado e agora era apenas energia. Energia que se fundia, se envolvia, se misturava com a tua.
Perdi os sentidos por momentos, a insaniedade tornou-se a minha regra por momentos.
As palavras saiam da minha boca, como gemidos, como pedidos de ajuda, como suplicas para que não me deixasses.
Os meus olhos reviravam, como que possuída por algo que não se vê, não se cheira, não se toca. Mas que se sente tão intensamente, tão inexplicável, tão único.
A loucura tinha-me em seu poder agora. Vendi a minha alma por minutos contigo.
Perdi o norte, perdi o sentido, perdi tudo!
Tudo que agora finjo ter.
Sou corpo sem alma, porque essa...és tu quem a tem cativa a seu bel'prazer.

Pesquisas