quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Se não voltas, pelo menos devolve-me!

Não é loucura, eu sei que já te tive um dia.
Não sei quando, onde e não sei porquê! Mas sei que estive nos teus braços, sei que por uns segundos fomos só nós dois e fizemos o mundo parar.
Sei que não és um devaneio de uma noite de insónia, um delírio febril de um estado de demência de desejo.
Sei que te toquei e que te senti.
Não me lembro de mais nada, a não ser de como foi.
Não sei o que fizeste, mas sei que me transporto inconsciente para um beijo teu, para um sabor que não mais voltarei a sentir.
Sei que estiveste comigo num universo paralelo. Num sítio onde pensei que ia encontrar-te sempre.
Agora sinto-me como que a enlouquecer. Não te vejo, não te sinto, não te encontro e questiono a tua existência. Nenhum sonho é tão real. Nenhuma fantasia se sente daquela forma.
Vejo-me num espelho e tu não estás lá, e o meu reflexo não existe. Não aquele reflexo que pensei ser eu quando estive contigo.
Se não voltas, pelo menos devolve-me!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Contigo, eu, não era o "eu" de todos os dias

Praia de Carcavelos - Leila Moura

Percebo agora aquele encanto que tenho por ti.
Todas as vezes que me perguntei: "Porque não sou capaz de largar alguém, se sei que não me faz bem?" têm agora resposta.
Já sei de onde vem todo o encanto e toda a paz que cada momento contigo me trazia.
Finalmente descobri porque sentia tanta necessidade, ou ansiedade, de estar contigo uns minutos que fossem.

Contigo, eu, não era o "eu" de todos os dias. Contigo eu sou, ou era, diferente.
Espera! Não me interpretes mal! Nunca te menti, nunca fui algo apenas para te agradar e nunca te disse nada que realmente não sentisse ou não pensasse.
Contigo, eu era apenas eu. Com defeitos, qualidades, sinceridades, fragilidades admitidas.
Contigo eu era quem realmente gosto de ser. Sem mais nada.
E percebo agora que o meu maior medo nunca foi perder-te! O meu maior medo é perder o que criámos, ou o que temos. O meu receio é perder-me!
E agora voltam as vozes na minha cabeça: Se isso tudo realmente existe, então tu não vais perder!
E a outra que diz: Só existe tal como é agora, se precisares mudar, por algo superior a ti, vais perder.

Há palavras que têm de ser ditas, por mais que venham tirar-nos aquilo que mais estimamos.
Mas...o momento em que as palavras são ditas tende em ser adiado. Falta de coragem?

Sim...contigo eu também sou cobarde e egoista o suficiente para querer um "Para Sempre".

sábado, 2 de outubro de 2010

Não que eu seja importante

Não deixes que aquele fim de tarde à beira-mar se acabe...
Não deixes que aquele olhar trocado se apague...
Não deixes que o sabor de um beijo se desvaneça..
Não deixes que aquele toque desapareça...
Não porque eu seja especial,
Mas porque sem mim, nenhum segundo será igual.
Não que eu seja importante...
Mas porque com mais ninguém se partilha o mesmo instante!

Pesquisas