sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

..e o mundo não existe para mim quando me permito pensar em ti!

Um dia bastou para que nunca mais te esquecesse.
Umas horas chegaram para invadires tudo em mim, para ficares e te instalares sem pedir licença.
Uma palavra bastou para todo o meu corpo tremer e para nunca mais saber o que é viver sem sentir intensamente.
Uma sensação de liberdade, de verdade cruel. Uma sensação de leveza tão pesada quanto a distância, tão grave quanto a saudade.
Uma distância tão próxima.
Uma imaginação tão real.
Um prazer tão ideal quanto a minha alma seja capaz de suportar.
Duas realidades, dois paralelos, duas sensações!
Eu, tu...e o mundo não existe para mim quando me permito pensar em ti!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Limites?

Não! Não penses que acenei a bandeira branca, que deitei a toalha ao chão, que desisti.
Não! Não penses que já não penso, que sinto menos...não penses sequer que o meu coração já não bate depressa quando me assombras os pensamentos e as memórias.
Mas até eu tenho um limite.
Eu existo! Eu sinto, eu sofro, eu sou feliz, eu choro e dou as maiores gargalhadas que algum dia ouviste.
Eu vivo demasiado intensamente cada segundo, seja ele bom ou mau, eu dou demasiada importância às grandes e às pequenas coisas.
Eu segui um caminho paralelo ao teu.
Não, não é um caminho diferente.
Hei-de estar sempre no universo paralelo que te dei a conhecer.
Talvez seja esse o meu defeito. Não te esconder a loucura, a intensidade, a força, a calma, o desaforo, a infantilidade.
Desculpa, se fui demasiado sincera.
Mas será que há limites para a sinceridade? Será que o teu limite foi a minha clareza ilimitada?
Talvez...talvez isto, talvez aquilo. E se isto e se aquilo...!
Chega!
Estarei por aqui, ou talvez não!
Espera:
Eu estarei sempre aqui sim. Talvez mais fechada, mais reservada. Mas estarei sempre aqui. E melhor do que ninguém deves saber onde, como e porque me procurar.
Eu não devo volta a chamar-te. Provavelmente não devo ir ao teu encontro.
Não! Não te esqueci...porque não quero!
E talvez te vá até perder, mas não me cabe a mim manter-te, nem impor-me.
Dei tudo! Fica e encontra o que quiseres, quando quiseres.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Silêncios

Dizem que "palavras leva-as o vento",
Eu digo que silêncios guardo-os eu cá dentro.
São mensagens no meu olhar,
São diálogos surdos e gritos mudos.
São ondas que rebentam e ventos que arrefecem um coração louco e um corpo febril.
E quando a minha cobardia se sobrepõe aos meus desejos, ficam para depois o vazio e os "ses"...
Fica para depois a vontade de voltar atrás só por umas horas e fazer tudo diferente.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O que olhos não vêm

Leila Moura
Não passa, nunca passa. Não diminui, não cessa, só cresce.
Divide-me, marca-me, magoa-se e faz-me feliz.
Esconde-me e descobre-me.
Protege-me e ataca-me.
Lembra-me, esquece-me, usa-me...deixa-me usar-te.
Aproxima-te e foge.
Ignora-me, dá-me atenção.
Onde estás?
Preciso tanto ver-te, sentir-te, olhar-te, cheirar-te, fechar os olhos e ficar só na tua presença.
Deitar-me ao teu lado em silêncio, a ouvir-te respirar, a sentir o teu coração a bater.
Chama-me!
Deixa ser real só um pouco, porque só o meu imaginário já não me chega.
Não me percas!
Alimenta esta parte de mim que tens contigo, sempre!
O que olhos não vêem....o coração sente, todos os dias mais...e fica a sentir calado, em agonia, a gritar em silêncio pela tua presença, pelo teu toque...p'la tua atenção.

sábado, 10 de março de 2012

Ligação involuntária

Talvez seja por nunca ter tido de ti aquilo que sempre consegui noutros lugares.
Talez seja verdade que apenas queremos aquilo que não nos é dado de mão beijada.
Eu tive alguns vislumbres do que era dar-te a mão no meio da rua, do que era beijar-te em segredo, do que era trocar um olhar que só nós dois entendiamos.
Eu soube fugazmente qual é o teu sabor, como é o teu toque, como é a tua respiração.
Eu guardo o teu cheiro como um vício, ouço a tua voz e sinto uma adrenalina quase mágica de uma droga proíbida.
Procuro-te e sigo-te sem que saibdas. Estou sempre mais perto do que possas imaginar, como se te quisesse proteger de tudo e de todos. E na verdade sou-te tão indiferente, sou tão transparente e estou tão longe e sou tão incapaz.
Sofro tanto e sou tão feliz.
Nunca estou no meio...sou um 8 e um oitenta.
Admiro-te e odeio-te. Quero-te e desprezo-te.
Mudava tudo em ti e nada ao mesmo tempo. Quero tanto a tua atenção, quero tanto saber que estou no teu coração.
Quase um acto de massoquismo do qual simplesmente não consigo fugir. Doi-me pensar em ti e não passa um
dia que não o faça.
É uma ligação impossivel e imprevisivel.
O tempo não enfraquece, e a minha força só me humilha e me desfaz por dentro.
A minha cobardia e o meu medo nao me impedem de ficar presa a coisa nenhuma.
Disseste-me o que sempre quis ouvir e talvez até o sintas. Mas a distância, a frieza e ausência de hoje só me fazem querer de volta aqueles dias. Não quero avançar...não consigo.
É uma dependência, uma necessidade.
É um vício que toma conta de mim e que me corrói e que não posso satisfazer.
São caminhos, vidas, opiniões e lugares diferentes. Mas eu não consigo largar...diz-me outra vez que gostas de mim. Dá-me a tua atenção mesmo que à distância. Diz que me queres, alimenta o meu imaginário.
Tu sabes que eu dou a volta ao mundo para o tornal real por um minuto que seja.
Mata a minha sede. Dá-me aquela alegria mesmo que fingida.
Já não quero tudo, quando aprendo que um pouco de ti me faz respirar melhor do que absolutamente nada.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

As coisas bonitas

Mordo a língua sempre antes de te dizer uma palavra.
Não que te minta, só não posso dizer exactamente as palavras como as sinto.
Saem palavras simples pela minha boca, e passam outras tão profundas pela minha cabeça.
Aperto as minhas mãos sempre que te tenho perto,
Dou passos pequenos em direcção a ti.
Desvio o olhar sempre que me aproximo,
E agarro os movimentos sempre que estás à distância da minha mão.
Acredito que estou no teu coração...
Mas tu tens o meu nas tuas mãos.
Não tenho nada de mal para te dizer, de facto até são coisas bonitas.
E quem diria que eu ia aprender um dia:
As coisas bonitas também podem estragar.
As coisas bonitas podem afastar.
As coisas bonitas, destroem o que nos transcende...e o que nos transcende nós só podemos aceitar e entender que é perfeito assim como está. O importante é que esteja.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Sonhos são sonhos, e ainda são permitidos

Sonhos são sonhos, e ainda são permitidos.
Sonhos são meus, só meus...meus, mas não totalmente.
A minha mente foge para longe quando te atravessas no caminho dos pensamentos.
A mim já só me resta ficar quieta, como espectadora de um filme que tu diriges...
Sonhos, fantasias, um caminho desgorvenado que me acorda desnorteada, sem saber se aconteceu ou não.
Uma fantasia a cada dia mais fugaz, distante e idílica.
Um sonho a cada dia mais inalcançável.
Um desejo...apenas um desejo.
Eu disse-te um dia que "o desejo é o principio de tudo"...
Mas o meu principio, não mais vai passar disso.
Ficam os sonhos, as fantasias e os ideais. Ficas tu na minha mente.
Ficas tu e eu num pensamento que eu não sei controlar, mas onde o meu subconsciente te verga e te controla e de onde não sais. Onde és meu... e onde me queres.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma névoa até se esfumar no ar

É sempre igual...
Enche-me a alma e fico a transbordar duma paz e de uma calma que brilham em todo o seu esplendor.
É um estado de quase levitação, que me transporta para qualquer outro lugar que não aqui. Para qualquer outro lugar onde mais nada é preciso, porque estava tudo mesmo ali...ao meu alcance, à distância da minha mão.
É o teu olhar, o teu cheiro, o teu toque, o teu som...a tua ligação sem explicação, sem interesse, só porque sim.
É o tempo que pára e o relógio que deixa de existir, é o frio que se vai e dá lugar a um calor reconfortante.
Mas depois acaba...e fica a incerteza se realmente aconteceu.
Quando acaba fica só uma névoa até se esfumar no ar e ficar só na minha memória.

Pesquisas