terça-feira, 4 de setembro de 2012

Limites?

Não! Não penses que acenei a bandeira branca, que deitei a toalha ao chão, que desisti.
Não! Não penses que já não penso, que sinto menos...não penses sequer que o meu coração já não bate depressa quando me assombras os pensamentos e as memórias.
Mas até eu tenho um limite.
Eu existo! Eu sinto, eu sofro, eu sou feliz, eu choro e dou as maiores gargalhadas que algum dia ouviste.
Eu vivo demasiado intensamente cada segundo, seja ele bom ou mau, eu dou demasiada importância às grandes e às pequenas coisas.
Eu segui um caminho paralelo ao teu.
Não, não é um caminho diferente.
Hei-de estar sempre no universo paralelo que te dei a conhecer.
Talvez seja esse o meu defeito. Não te esconder a loucura, a intensidade, a força, a calma, o desaforo, a infantilidade.
Desculpa, se fui demasiado sincera.
Mas será que há limites para a sinceridade? Será que o teu limite foi a minha clareza ilimitada?
Talvez...talvez isto, talvez aquilo. E se isto e se aquilo...!
Chega!
Estarei por aqui, ou talvez não!
Espera:
Eu estarei sempre aqui sim. Talvez mais fechada, mais reservada. Mas estarei sempre aqui. E melhor do que ninguém deves saber onde, como e porque me procurar.
Eu não devo volta a chamar-te. Provavelmente não devo ir ao teu encontro.
Não! Não te esqueci...porque não quero!
E talvez te vá até perder, mas não me cabe a mim manter-te, nem impor-me.
Dei tudo! Fica e encontra o que quiseres, quando quiseres.

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