Hoje bateu tudo tão mais forte que em todos os outros dias.
Precisava chorar e falar contigo, e contar-te sobre este sufoco silencioso.
Mas tu não estavas, nunca mais vais estar e...a verdade, é que nunca estiveste aqui.
Entrei no carro...fixei os olhos lá longe e só parei na praia, naquela praia...na nossa praia.
Aquela onde estive contigo pela primeira vez, e aquela onde estive contigo pela ultima vez.
Na primeira e na última o sol brilhava, queimava-me a pele e fazia-me ficar perdida no brilho dos teus olhos.
Mas hoje...estava escuro.
E cega...saí do carro, sentei-me na areia e exactamente no segundo em que a primeira lágrima rolou cara abaixo, a chuva começou a cair tão forte, tão fria, tão intensa.
Eu não consegui mover-me um centimetro que fosse. Fiquei ali...pus a alma fora do corpo....
Assim como sempre fiz contigo: a alma e o coração fora do corpo. Os sentidos à frente da razão.
Á frente de tudo...ficava a paixão.
E agora...fica a saudade. Ficam as imagens, as palavras...
E um dia, mais temporais de chuva e vendavais lavarão tudo isto e o que fica ficará como uma memória boa.
Um dia...
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