Quis tanto ter-te um pouco, achando que querer tudo era pedir demasiado.
Fiz-me tão pequena para te enaltecer, achando que assim entenderias a admiração que tinha por ti.
Fui tão modesta, apenas para não afugentar aquilo que eu queria de ti.
Era tão criança em sentimentos sinceros, e tão mulher em sensações mundanas.
Tão vazia longe de ti, a transbordar quando estávamos perto.
Tão faladora que sou e tão calada que ficava, tantas vezes de olhos fechados só para te ouvir falar.
Tão irrequieta que sou e tão quieta que ficava, para que cada sentido meu absorvesse cada frequência tua.
Tão independente, tão solitária, tão bruta que sou...e tantos opostos que fui só para te ter um minuto...porque uma hora era pedir demais da tua grandeza.
Não, não fiz bem. Não, não é certo enaltecer alguém assim em detrimento de mim próprio.
Não, não me arrependo. Pode ter sido um erro, mas não soube agir de outra forma.
Nunca segui nada que não fosse instintos, nunca pensei muito seguia conforme o meu inconsciente me guiava.
E.....não, não deveria ter escrito nada disto no passado.
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