sexta-feira, 24 de maio de 2013

Indescrítivel

As saudades cantadas, trovadas e poetizadas plos antigos em nada se assemelham ao que sinto hoje.
A saudade...a palavra que dá tanto orgulho por ser única no
mundo, nunca será capaz de descrever o que sinto hoje.
A saudade que outros pintaram, não retrata nem um milésimo do que sinto hoje.
Por mais vocabulário que tenha um erudito da língua, jamais será capaz de descrever o que sinto hoje.
Eu...não consigo descrever o que sinto hoje.
Não sei sentir isto, não sei ser isto, não consigo viver isto.
Não consigo seguir com isto, não consigo ser eu com isto...mas também não consigo fugir de onde estou.
Nem sei bem onde estou por causa disto.
Estou onde me deixaste...
Eu disse que não conhecia este caminho, e que se me deixasses aqui à  minha sorte eu não seria capaz de fugir daqui.
Disse que ia ficar triste, assustada, vazia.
E tu?
Levaste-me a sentir a areia nos pés, o sol no rosto, o mar no olhar, a brisa no corpo...
E depois?
Deste a volta, e enquanto me embalavas num doce sussurrar de um para sempre...atiraste-me para aqui.
Ouço-te de quando em vez, sem nunca ter a certeza de que és tu.
É como se te chama-se do fundo de um poço sem água...com gotas infinitas a cair à minha volta, num som ensurdecedor que já não sou capaz de suportar.
É levar-me à loucura, é mostrar-me o que temo desde o dia que te toquei.
Lança-me a escada, vem-me buscar, só mais uma vez.
Prometo nunca mais deixar que nada nos aconteça.

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