quarta-feira, 14 de abril de 2010

...sedento de mais, sedento de mim, sedento de nós....

É tão ardente como fogo, uma chama que arde por dentro.
É quase como um alucinogénio, que me esvazia a mente de tudo e me faz viajar, sem sair do lugar...
Um calafrio, um suor frio que percorre cada centímetro, cada curva, cada póro e fio de cabelo em mim...Uma sensação de leveza, abertura, quase levitação que me faz fechar os olhos e sentir a pressão que me encostra, me contorce e se fica, empurrando o meu corpo em forças contrárias que me deitam por terra e me arqueiam as costas.
Uma viagem a um universo paralelo, onde não ouço mais nada, a não ser a sua voz, onde não respiro mais nada que não a sua respiração, onde não vejo para além dos seus olhos... onde a sensibilidade é tão extra-sensorial que sinto o seu corpo dentro do meu, onde uma fusão me faz beber da sua boca a única coisa que me pode saciar uma sede sobre-humana.
Sinto a sua mão, o toque, ouço e falo palavras embrulhadas em sussuros ofegantes num desespero por tanto desejar, por querer que tenha e me dê, seja, viva cada segundo comigo como se do último se tratasse.
O suor que escorre gota a gota plas minhas costas, pelo meu peito, respiração tão funda que fazer um gemido soar é um reflexo impossível de controlar e de conter.
As imagens turvam-se enquanto o meu corpo se curva perante o seu colo, sedento de mais, sedento de mim, sedento de nós.

Pesquisas