terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um sonho do que és, uma ilusão do que serás, uma saudade do que foste.


O que fazer quando os teus olhos encontram os meus por entre o mundo inteiro...
Como agir e como estar quando o teu cheiro me persegue, como que trazido pela brisa pla manhã mesmo estando tão longe...
Como fazer quando dou comigo a sorrir, enquanto viajo no tempo parada no mesmo sítio e tão perto daquele segundo que tive perto de ti?
Verdade, não há nada mais a fazer quando se está tão embrenhado numa teia que não é a nossa, nada a fazer, quando o nosso corpo e a nossa mente estão em poder de outrém que não o nosso.
Dizem que "Só quer sentir quem nunca amou, e quem ama quer tudo menos a saudade e esta é a sua única companheira"...e eu digo que quando estou perto de ti, quando consigo sentir mais do que o teu toque, sinto a saudade que vai chegar assim que partires...
Mesmo sabendo que longe me tens perto, mesmo sabendo que nos encontramos nos nossos pensamentos e mesmo sabendo que precisas tanto da minha presença, como eu preciso da tua... preciso de ti!
Quero-te!
Mas não consigo querer tudo...
Audácia e atrevimento seria querer o mundo, quando uma visão da luz que tu és me basta.
Ganância do teu corpo e do teu olhar, do teu coração e da tua paixão...sentimentos impossíveis de controlar.
Mas quando a necessidade é tão grande, quando a saudade me corta a alma e o coração, não quero ser gananciosa, a inveja não faz mais parte do que sou, do que somos, do que quero que sejamos.
Uma gota de àgua basta, quando a sede nos mata!
Uma gota do teu sabor basta, quando o meu adorar não acaba.
Um sonho do que és, uma ilusão do que serás, uma saudade do que foste.
Um segundo basta, quando um minuto é pedir demais!


Imagem e texto originais

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É mais que cuidar, mais que fazer bem...és um estado de alma



Vejo o teu brilho, sempre!
Vejo o teu brilho na minha imaginação, na minha memória, no meu horizonte.
Vejo o teu brilho mesmo quando o céu está tão escuro....
Longe, ou mais perto...vejo aquela luz quente, que me acolhe e me chama... Hoje ou amanhã, agora ou para ontem...eu preciso ir ao encontro desse meu porto de abrigo que és tu.
Não gosto de pensar onde estiveste até hoje, e nem penso onde vais estar amanhã.
Gosto de pensar que apenas estás...
Mesmo quando não brilha e aquece, o sol está lá.
Mesmo quando não me embala a lua está lá.
Mesmo quando não me podes tocar eu estou aqui e mesmo quando não te posso sentir...gosto de saber que estás algures por aí!
É mais que cuidar, mais que fazer bem...és um estado de alma; de alegria e loucura, de calma e serenidade.
O abraço que me leva ao céu, o abraço que me aconchega aqui em qualquer lugar.
O cheiro, o sabor o tacto...a deslocação do ar quando andas e deixas a tua presença, marcada algures no meu tempo. No tempo a que consigo regressar, em sonhos e de olhos fechados.
O brilho e o aconchego de um porto de abrigo, que senti que um dia ia chegar...
O abraço seguro, amante e amigo que não vendo agora sei que posso tocar!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

É esse passado que faz de mim o que sou hoje!



Quem não tem os seus fantasmas?
Quem não tem os seus segredos?
Quem não vive por dentro o que não pode mostrar cá fora?
E quem não tentou milhares de vezes enterrar um passado? Enterrar-se a si próprio e esquecer o que um dia já foi?
Sorrir quando só apetece chorar, falar para dispersar os outros de si próprio.
Brincar quando só apetece fugir e ser responsável quando...só preciso de ser o oposto?
Quem nunca chorou ao ver-se ao espelho, na procura daquilo que todos vêem e não encontrar pelos nossos próprios olhos.
Quem sentido pode haver naqueles que nos puxam para trás e nos fazem reviver e falar ... por a nú aquilo que sempre tentamos esconder? E porque nos abrimos e nos expomos?
Talvez tanto esqueleto no armário já tenha superado o espaço e algo precise sair, para que o interior se reorganize e tudo caiba lá dentro novamente.
Deitar os demónios, os medos, as fraquezas e fragilidades para fora.
Pensar e chorar sobre isso.
Agora: encontrar coragem outra vez para os voltar a pôr no lugar e esperar que não saiam de novo!

Somos hoje, o resultado do que fomos sendo até então.
Talvez a essência precise de se revelar para que percebamos que:
Eu sou o que sou, nem tu nem mais ninguém me vai mudar cá dentro.
Eu posso ser o meu maior inimigo quando não conheço quem vive dentro de mim.
Eu posso viver e pensar no futuro, mas nunca me posso esquecer do que fui, de quem fui.
É esse passado que faz de mim o que sou hoje! É esse passado que me ensina que se me queres mudar, então não vales a pena. Para um ser à tua medida, usa-te a ti mesmo.

(PS -  A ti obrigada por me teres adormecido e feito regressar. )

Pesquisas