sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sim, odeio-te a ti

Palavras sentidas, que estavam engasgadas e que ficaram tantas vezes por dizer...
Nunca deviam ter saído da minha boca.
Se não consegui dizê-las assim que as senti, não devia ter desafiado o destino ao abrir a boca de forma tão sincera e livre deixando que o coração falasse de forma tão abrupta e aberta.
Nunca devia ter dito a verdade de uma forma tão crua.
all rights reserved
Agora que já não há mais nada...ficaste com o meu maior segredo, que era só meu. Ficaste com a minha maior fraqueza, que era o meu sentir. Ficaste com o maior bem que posso dar a alguém que é o meu amor.
As palavras não podem ser retiradas depois de ditas...
E se fico aliviada por ter posto às claras a única coisa que nunca te dissera antes...
Fico desolada por te ter posto nas mãos o único trunfo.
Podia agora fingir...mas depois de ter falado fingir já não faz sentido.

Claro que não vale de absolutamente nada aquilo que penso, que sinto, que quero...que preciso.
Importa mais o que nos afastou do que o valor que tem estarmos próximos.
E eu...odeio-te por isso. Sim, odeio-te a ti...grande paixão
da minha vida.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Probabilidades

Claro que podia ter feito tudo diferente,
Podia até nem ter feito nada.
Seria tudo muito mais difícil ou tudo demasiado fácil.
Não soube ir embora, mas também nenhum de nós quis ficar em pleno.
Aceitamos o quase, porque o nada não era justo e o tudo era aparentemente impossível.
As dúvidas ficam sempre, e nesta encruzilhada penso sempre e se...
Mas depois do pensar, resta-me o sentir, e sinto que ter ficado, ainda que com pouco, foi mais compensador.
Estás do outro lado, todos os dias um pouco menos, mas ainda não foste de vez.
E enquanto assim for, aquela parte de mim que te pertence vive. E vive sempre da mesma forma intensa, louca e apavorada.
Claro que não é saudável, claro que me corrói por dentro, claro que me magoa e me atira de parede em parede e claro que vou sair magoada e ferida de tudo isto.
Mas prefiro andar enrolada nestas ondas do que ficar sentada na areia molhada a imaginar como seria nadar em ti, contigo...por mim.
Talvez seja loucura, talvez tenha até uma pitada de masoquismo... Mas eu sou assim.
E tu sempre me aceitaste assim.
E eu não quero perder o único ser que me aceita, me vê plo que sou e apesar de tudo ainda gosta de mim.
Apesar de longe...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Lembras-te?

Lembras-te de falarmos entre olhares, sem serem precisas palavras?
Lembras-te de um toque valer mais que um abraço?
Hazel Alternative Model - Photo from Luis Soares
Lembras-te de um beijo numa mensagem tardia valer mais que três horas numa mesa de café?
Lembras-te de uma fotografia valer mais que um filme de passadeira vermelha?
Lembras-te de 3 horas de musicas escolhidas ao acaso fazer mais sentido que um concerto inteiro?
Lembras-te de uma troca de impressões sobre o clima...significar mais do que uma conversa profunda sobre o estado social?
Lembras-te de quando um desabafo podia sair a qualquer momento, sem que fosse preciso criar um ambiente,  forçar um tema ou obrigar a uma resposta politicamente correcta?

Daí de onde estás agora, lembras-te?
Lembras-te de mim?
Lembras-te de nós!
Lembras-te do que eras para mim?
....mais....
Lembras-te do que eras quando estavas comigo?
E de mim...no que eu me tornava perto de ti?


Não...claro que não. Sempre tiveste uma péssima memória....

Pesquisas