quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

É aceitar-me

Jamais poderia viver contigo...e não me parece que consiga viver sem ti.
E por isso, numa tentativa vã de me manter de cabeça limpa isolei-nos num mundo diferente onde vivo numa ponte entre ti e a tua ausência, entre o meu mundo, o teu e o nosso.
Não é perder tempo, é ganhar minutos. Não é perder o juízo é recuperar a loucura sã de outros dias.
Não te tenho, mas também não te quero perder. E assim, corro para ti quando me abres os braços e fujo quando me bates com a porta na cara. 

Não é fraqueza, nem submissão. É aceitar-me...te...nos.
É viver entre o paraíso do céu, a doce frieza do mar e o inferno quente da terra.

Ninguém foge do que faz parte de si, do que é e do sonho do que gostaria de ser.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Desencontrada de mim

Agora que cresci, não volto a sentir os joelhos a tremer. Não volto a sentir o coração no lugar do estômago e não volto a tapar a cara discretamente porque me senti corar.
Não volta aquele calor que começa nos pés e percorre cada centímetro do corpo.
Não acontecem mais noites em claro a pensar que vida teria eu se me tivesses dito que sim.
Não voltam as insónias e os diálogos entre mim e o outro eu. Aqueles em que eu digo: não vou procurar. E o meu eco diz: procura!
Agora que cresci sei controlar os meus impulsos e as respostas automáticas e inconscientes do meu corpo à tua existência.
Agora que sou adulta...agora...
Agora pela madrugada dentro ouvi uma música que me lembrou de ti. Realizei um filme no meu pensamento que projectei no tecto com ajuda das minhas insónias. E quando te vi ali...senti o coração no estômago, um arrepio quente de ponta a ponta e...escondi a cara porque me senti corar ao pensar como seria hoje se antes me tivesses dito que sim!

Pesquisas