sexta-feira, 31 de maio de 2013

Será?

Será que nada disto passa?
Será que nem o vento dissipa esta poeira que me deixaste a turvar a vista e o coração?
Será que o tempo não cura tudo como sempre acreditei?
Será que esta memória demasiado presente só vai morrer comigo?
Será que quando me olhar ao espelho e não vir mais senão rugas, marcas e cicatrizes...tu também vais lá estar como estás agora?
Será que sou assim tão vazia?
Será que sou assim tão fraca?
Será que tenho assim tão pouco orgulho em mim, quando se trata de ti?
Será que ainda vou ficar tanto tempo agarrada ao que me fazias sentir, como se estivesse a cair num precipício e não tivesse mais nada senão um galho frágil que balança e quebra a cada segundo com um vento, mesmo que leve?
Será que é possível alguém ser assim tão desprovido de amor próprio e inteligência?

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Indescrítivel

As saudades cantadas, trovadas e poetizadas plos antigos em nada se assemelham ao que sinto hoje.
A saudade...a palavra que dá tanto orgulho por ser única no
mundo, nunca será capaz de descrever o que sinto hoje.
A saudade que outros pintaram, não retrata nem um milésimo do que sinto hoje.
Por mais vocabulário que tenha um erudito da língua, jamais será capaz de descrever o que sinto hoje.
Eu...não consigo descrever o que sinto hoje.
Não sei sentir isto, não sei ser isto, não consigo viver isto.
Não consigo seguir com isto, não consigo ser eu com isto...mas também não consigo fugir de onde estou.
Nem sei bem onde estou por causa disto.
Estou onde me deixaste...
Eu disse que não conhecia este caminho, e que se me deixasses aqui à  minha sorte eu não seria capaz de fugir daqui.
Disse que ia ficar triste, assustada, vazia.
E tu?
Levaste-me a sentir a areia nos pés, o sol no rosto, o mar no olhar, a brisa no corpo...
E depois?
Deste a volta, e enquanto me embalavas num doce sussurrar de um para sempre...atiraste-me para aqui.
Ouço-te de quando em vez, sem nunca ter a certeza de que és tu.
É como se te chama-se do fundo de um poço sem água...com gotas infinitas a cair à minha volta, num som ensurdecedor que já não sou capaz de suportar.
É levar-me à loucura, é mostrar-me o que temo desde o dia que te toquei.
Lança-me a escada, vem-me buscar, só mais uma vez.
Prometo nunca mais deixar que nada nos aconteça.

terça-feira, 14 de maio de 2013

segundos

Quando aquele segundo de desespero me assalta,
Me arranca um sobressalto no coração, me aperta o peito, me enche os olhos, me esvazia a mente onde ficas só tu e um momento específico...aquele em que te vi sorrir ao sol enquanto me olhavas nos olhos.
Me faz largar um suspiro tão profundo, de tão fundo e me faz cair por terra, fechar os olhos e sentir um arrepio lento por todo o corpo.

Recomponho-me, abano a cabeça para te afastar e continuo...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mudanças

Não mudo porque quero, mudo porque a vida me muda.
As mudanças em mim acontecem quando assim tem de ser, não porque eu decido de um momento para outro.
Muda tudo, não muda nada. Muda a minha forma de estar e ver o mundo, muda a minha forma de olhar os outros...muda tudo e não muda a forma como sinto.
Sento-me numa avenida frenética, fico imóvel e tento acompanhar tudo...até atingir um coma da alma, da mente e do espírito. Já não consigo acompanhar nada, fica tudo branco, luminoso...tudo em branco, para um novo começo.
Fica comigo só o que me faz bem, respiro com calma, sinto-me a flutuar a poucos metros do chão.
A mudança acontece quando regresso, quando vejo tudo de novo, mas sem metade das pessoas, sem metade dos objectos e...sem um terço da agitação.
Haverá sempre um beco escuro onde não quero ir, mas por onde passarei todos os dias.
Mude o que mudar, como mudar, para o que mudar.
Tu não mudas, e não serei eu que o vou conseguir.
Eu não sou como as outras pessoas...tu próprio sempre o reconheceste.
Eu não mudo porque quero, mudo porque o meu caminho assim me guia.
Tu não mudas, porque te recusas a aceitar que às vezes é preciso.
Sim, as pessoas mudam...não o que são, mas a forma como aceitam, vêem e estão no mundo.
E eu mudei...ao aceitar que és só um beco escuro que ajudou a completar a minha rua, nada mais para ver, nada mais para apreciar, nada mais a dizer
.

terça-feira, 7 de maio de 2013

24h

24h de coração parado à espera de uma palavra tua, uma mensagem vazia e impessoal, um toque, um olhar...qualquer coisa...
Nada...nem um sopro vindo de ti num dia que eu adivinho especial e plo qual tu melhor que ninguém sabes que tenho grande estima.
24h passaram e parece que para ti posso continuar de coração parado que em nada te incomoda...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O meu medo não é perder-te...

O meu medo não é perder-te...
Afinal nunca consegui ter-te, fosse de que forma fosse.
O meu medo é que me esqueças,
Assim como não se esquece um amor, não se deve esquecer quem nos ama...
Não é um amor qualquer, é um amor diferente, elevado, abstracto, sentido, sofrido e esforçado.
Um amor ressuscitado, um amor que será envelhecido comigo...que agora é forte e confuso, mas que será maduro, calmo, consciente e verdadeiro.

Pesquisas