quinta-feira, 12 de novembro de 2009

É esse passado que faz de mim o que sou hoje!



Quem não tem os seus fantasmas?
Quem não tem os seus segredos?
Quem não vive por dentro o que não pode mostrar cá fora?
E quem não tentou milhares de vezes enterrar um passado? Enterrar-se a si próprio e esquecer o que um dia já foi?
Sorrir quando só apetece chorar, falar para dispersar os outros de si próprio.
Brincar quando só apetece fugir e ser responsável quando...só preciso de ser o oposto?
Quem nunca chorou ao ver-se ao espelho, na procura daquilo que todos vêem e não encontrar pelos nossos próprios olhos.
Quem sentido pode haver naqueles que nos puxam para trás e nos fazem reviver e falar ... por a nú aquilo que sempre tentamos esconder? E porque nos abrimos e nos expomos?
Talvez tanto esqueleto no armário já tenha superado o espaço e algo precise sair, para que o interior se reorganize e tudo caiba lá dentro novamente.
Deitar os demónios, os medos, as fraquezas e fragilidades para fora.
Pensar e chorar sobre isso.
Agora: encontrar coragem outra vez para os voltar a pôr no lugar e esperar que não saiam de novo!

Somos hoje, o resultado do que fomos sendo até então.
Talvez a essência precise de se revelar para que percebamos que:
Eu sou o que sou, nem tu nem mais ninguém me vai mudar cá dentro.
Eu posso ser o meu maior inimigo quando não conheço quem vive dentro de mim.
Eu posso viver e pensar no futuro, mas nunca me posso esquecer do que fui, de quem fui.
É esse passado que faz de mim o que sou hoje! É esse passado que me ensina que se me queres mudar, então não vales a pena. Para um ser à tua medida, usa-te a ti mesmo.

(PS -  A ti obrigada por me teres adormecido e feito regressar. )

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