segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O tempo não cura tudo

Foi o medo constante de te perder que não me preparou.
Foi o desejo demente de te ter pouco e o pânico de não te ter de todo que me deixaram assim.
Ao princípio não acreditei,
Depois chorei,
Depois tive raiva,
Depois tornou-se indiferente,
Depois lutava contra mim quando saltavas no meu pensamento,
Depois deixei de dormir,
...mas nunca deixei de tentar ter-te de volta.
Não que me faças bem, mas fazes-me falta, é uma parte de mim que está presa, amarrada...desesperada!
Agora?
Agora tento não parecer ridícula, tento controlar as lágrimas espontâneas ao mundo, incompreensíveis a todos os outros... Presas há demasiado tempo por mim, que sei bem donde vêm, porque vêm
Já era tempo de ter passado, afinal o tempo cura tudo.

Talvez esta seja a excepção a esta regra, talvez o tempo não me cure de ti, talvez o tempo não exista para nós.
Foi tudo demasiado tarde, outras coisas demasiado cedo...mas quando estava perto de ti o tempo parava. Não existia tempo.
Não existiam pessoas.
Não existia mundo.
Existias tu, eu, som e imagens de nós.
Existia o paralelo que pensei sempre controlar e que agora me controla a mim.


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