sábado, 14 de fevereiro de 2009

"A espera faz sentido agora, sim..."



Não me perco no escuro...
Apenas te encontro.
Como se de repente percebesse tudo,
E a escuridão me tornasse o desejo tão claro.

Os olhos habituam-se ao menor rasgo de luz,
Cada pormenor deixa de ser visto...
Mas cada detalhe consegue ser sentido.
Tudo passa a ser permitido.

Cada toque, cada som...
A exaltação de cada mílimetro do teu corpo...
A procura de um calor...
Deixar o racional visual,
Agora é o instinto que apenas se quer plo que é...quase animal.

A respiração ofegante, a tua saliva que me faz estremecer...
O sentido deixa de o ser, o pensamento deixa de existir...
Cada movimento é precioso.

As diferenças fundem-se e de repente somos tão iguais,
Apenas dois corpos que ardem, e se pedem um ao outro sem pensar em tudo o que os impediu até ali...
A espera faz sentido agora, sim...
O domínio a que me entrego é teu...
A loucura do nada, a espera plo tudo,
O meu corpo é agora apenas teu.

1 comentário:

Gil Façanha disse...

Leila, meu nome é Gil e também tenho um blog. por acaso, achei o seu e fiquei encantada com seus poemas. Me identifiquei tanto, que até parece que vc conhecia meu íntimo... O que tenho de mais secreto. A poesia tem esse poder. Escrevemos pra nós mesmos e afetamos o mundo. Espero que não se oponha, mas gostaria de acompanhar suas publicações. Se quiser saber quem eu sou, o meu blog é www.publicandosentimentos.blogspot.com Um abraço e parabéns.

Pesquisas