quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

...mas afinal não...


A chuva bate lá fora...e tudo o que me apetece é sair a correr.
Corro junto ao mar, pelo meio do trânsito, a chuva cai cada vez mais forte...E eu não sinto frio, não sinto medo e o mundo passa por mim como se não tivesse importância.
Corro de peito aberto em direcção a ti...
Corro de cabeça vazia e de punhos cerrados.
Corro por entre as luzes e o frenesim no qual fico parada tantas vezes a pensar em ti.
A roupa ensopada faz-me lembrar o suor do teu corpo...
O cabelo desgrenhado faz-me lembrar quando as tuas mãos passaram por ele...
A boca seca não é do cansaço...é sede de ti, de nós, de beber de cada beijo teu.
Chegada á tua porta, só penso em subir e cair nos teus braços, dizer que afinal te amo e que quero ir contigo para o fim do mundo e ser feliz.
......mas afinal não...
Afinal a chuva continua lá fora, os discos continuam a tocar no escuro...tudo não passa de meras imagens fugazes de ti e de nós no meu imaginário. Afinal foi só um trovão e não foste tu a chamar-me por entre linhas.
E fico aqui...num grito surdo, num desespero pacífico...numa espera que não acaba...
E fico aqui, sem pensar que é desta que te vou esquecer. Mas a pensar quando te vou voltar a ver...de longe que seja!

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