segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Não acredito


Talvez tudo se resuma ao dia em que vou acordar e perceber que não quero.
Talvez tudo acabe e nunca mais seja lembrado no dia em que eu disse que acabou.
Talvez tudo seja tão vazio que não tenha qualquer futuro nem em memórias, sendo preciso apenas dizer que basta!
Mas para dizer, não basta soltar as palavras...preciso acreditar nelas.
E não acredito quando digo que acabou...assim como não acredito quando me dizes que algo existe.
Não acredito em mim, assim como não acredito em ti.
Não acredito no que vejo, não acredito no que sonho, não acredito no que ouço da tua boca, no que leio das tuas letras, não acredito em nós e no mundo que vivemos tão longe daquele que realmente existe.
Não acredito nas letras das músicas que por vezes pareces cantar para mim, não acredito em surpresas que nunca chegam.
Não acredito quando falas em sentir, não acredito em nada nem em ninguém.
Não acredito nos teus olhos quando encontram os meus, não acredito em esperanças que me dás só para me prenderes a um chão que não existe.
Não acredito no teu beijo, não acredito no teu toque e não acredito nos murmúrios doces da tua voz quente e subtil.
Não acredito quando andas a meu lado, não acredito quando a tua mão toca na minha.
Não acredito quando te deixo passar a linha da minha segurança, não acredito em ti, não acredito em nós.
Não acredito naquela noite de luar á beira rio, não acredito naquele final de tarde e não acredito naquela manhã.
Não acredito que te quero fora da minha vida, não acredito que te quero longe, não acredito no que penso.
Não acredito nas minhas palavras, nos meus gritos de liberdade...acredito no que sinto e por isso...não acredito em mim...assim como não acredito em ti.
Não acredito e fujo..mas fujo de ti ou fujo de mim?

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