sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O final existe quando os olhares já não se encontrarem, quando as mentes já não se recordarem...



A distância que nos afasta, é aquela que me aproxima...
A dor de te ter longe, a lágrima que escorre pelo meu rosto quando os meus olhos não te vêem, o sabor amargo de não sentir o teu perfume...
Cada dia que passa tudo se torna tão mais profundo, tão mais intenso...
Já não sei se dói mais não te ver...ou ver-te e sorrir como se já nada mais houvesse para sentir...
Não sei se preciso mais de ti perto quanto mais não seja para saber que existes...ou se te prefiro longe e manter apenas a imagem que sempre fiz de ti, por mais transfigurada que possa parecer.
Não sei se preciso mais de falar contigo sobre as banalidades do quotidiano...ou de ter longe e imaginar como é ter o teu corpo no meu, o teu beijo no meu criando e recriando aquele beijo que é só nosso.
Mas sei do que preciso: do som da tua respiração, da balada em que me embala a tua voz e do calor que é ter a tua mão na minha por um segundo que seja.
Não sei o que prefiro, mas sei que preciso de ti.
Até quando? Porquê? Com que final?
Para sempre, porque sim, porque o final só acontece quando um de nós o escrever. E nós...nunca o escrevemos, nem nos momentos mais distantes.
O final existe quando os olhares já não se encontrarem, quando as mentes já não se recordarem...
Não é a distância que o escreve...só mais uma lição que me ensinaste...

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