sábado, 3 de outubro de 2009

Quase como se tivesse vendido a minha alma


Quase como se tivesse vendido a minha alma por um segundo contigo.
Quase como se tivesse trocado toda a paz da minha vida por um olhar teu.
Senti a loucura a invadir-me lentamente, pouco a pouco. Senti cada veia dilatar-se,  a minha respiração cada vez mais forte, mais ofegante.
A adrenalina dispara, o meu coração batia descompassado, as minhas costas arqueavam, as minhas mãos tentavam agarrar qualquer coisa que me pudesse prender ao mundo real, ao mundo seguro.
A luz esvaía-se, a escuridão envolveu-me e num segundo não era corpo, era sombra. A tua sombra, na tua sombra.
A minha mente ficou fazia, não via, não sentia, não ouvia mais nada a não seres tu.
Como se o meu corpo se tivesse despegado e agora era apenas energia. Energia que se fundia, se envolvia, se misturava com a tua.
Perdi os sentidos por momentos, a insaniedade tornou-se a minha regra por momentos.
As palavras saiam da minha boca, como gemidos, como pedidos de ajuda, como suplicas para que não me deixasses.
Os meus olhos reviravam, como que possuída por algo que não se vê, não se cheira, não se toca. Mas que se sente tão intensamente, tão inexplicável, tão único.
A loucura tinha-me em seu poder agora. Vendi a minha alma por minutos contigo.
Perdi o norte, perdi o sentido, perdi tudo!
Tudo que agora finjo ter.
Sou corpo sem alma, porque essa...és tu quem a tem cativa a seu bel'prazer.

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